Resenha - Numbers # 1 - Tempo de Fuga - Rachel Ward

Há algum tempo eu venho me propondo a ler Numbers - Tempo de Fuga, e finalmente após uma longa temporada investindo em leituras "Distópicas" que se tornou o meu mais queridinho tema entre as publicações, decidi apostar em  algo diferente.

Sendo assim, o livro de Rachel Ward me caiu como uma luva, pois ele trata do estranho poder que uma adolescente possui em vê a data da morte das pessoas.

A capa concerteza é algo que atrai a atenção logo de cara... o título é incitante a descobertas gerando expectativas a respeito de uma possível investigação, pronto para nos dá um quebra - cabeça. 

Agora basta conhecer o restante do livro para vê se minhas expectativas realmente serão confirmadas.

Título: Numbers # 1 - Tempo de Fuga

Autor : Rachel Ward

Editora : ID

Sempre que Jem conhece alguém novo, não importa quem, logo que ela olha em seus olhos, um número aparece em sua cabeça. Esse número é uma data: a data em que essa pessoa vai morrer. Sobrecarregada com tal consciência terrível, Jem evita relacionamentos. Até que ela conhece Spider, outro estranho, e ganha uma chance. Mas, enquanto eles estão esperando para embarcar no Eye Ferris Wheel, uma roda gigante, Jem percebe que todas as pessoas da fila possuem o mesmo número. A data de hoje. Terroristas vão atacar Londres. O mundo de Jem está prestes a explodir!

A protagonista da história é Jem, uma adolescente que possuí um estranho dom de vê acima da cabeça das pessoas, a data de sua morte. De pequena, Jem foi criada por um mãe viciada em drogas, e sua vida não tende a melhorar quando ela encontra a mãe morta por overdose. Dai em diante ela é levada de orfanato a orfanato, de lar adotivo a lar adotivo - e cresce com medo de seu dom e de se aproximar das pessoas, tornando -se assim uma adolescente problemática e reclusa. Sem parentes e amigos, ela vive sozinha com seus pensamentos perambulando pelas ruas de Londres. Isso, até o dia em que ela conhece um jovem magrelo e maluco chamado Spider.

Spider é o tipo de cara que ninguém quer conversar. Grudento, fedorento e com mal hálito, ninguém tem paciência com suas conversas sem pé nem cabeça, porém,  algo nele atrai a atenção de Jem. A data de sua morte. Prevista para acontecer em três meses. Como sempre, o melhor para Jem é se afastar dele antes do fatídico dia da morte do garoto, mas Spider aos poucos vai entrando na sua vida, e se torna um grande amigo. 

A vida dos dois jovens são entrelaçadas pelo compartilhamento mútuo de aversão a escola e ao professor Sr. Mcnult. Juntos eles irão passar por várias confusões até precisar realmente fugir de todos; da realidade de ir para um orfanato, do mundo dos assaltos e das drogas e finalmente da polícia que procura dois jovens pelo atentado terrorista em um dos cartões postais mais famosos de Londres. 

A idéia, de ser capaz de prever a morte através de números, não é exatamente nova, mas Rachel Ward acrescenta uma voz fresca a um velho conceito. Ela não suavizar as arestas da realidade, e em vez disso consegue encontrar a beleza no ordinário, ocorrências diárias que muitas vezes fazemos questão de não prestar atenção. As descrições feitas por Rachel são corajosa e a trama em si foi rápida e cheia de ação.

Spider e Jem são ásperos e, ocasionalmente desagradáveis, mas Rachel Ward conseguiu pegar duas pessoas que, por valores sociais, são considerados desordeiros ou bandidos, em transforma -lós em semi-simpáticos. Spider tem uma teimosia e otimismo admirável, mas ele também tem essa ingenuidade que me incomodou, embora sua percepção "inocente" de drogas e roubo pode ser visto como um reflexo em alguns adolescentes mal orientados de hoje. 

Quanto a Jem, seu medo constante do seu dom fez com que ela se tornasse amarga com a vida e as pessoas, mas também a torna forte para muitas coisas que adolescente normais não estariam preparadas. Suas lamentações constante e, às vezes, a irracionalidade dela me incomodava. Especialmente no final, ugh. Mas lembrando da vida que ela teve... logo concluímos que ela é mais uma vítima da sociedade de hoje.

Enfim, os personagens são bons, e eu curti os diálogos sarcásticos entre os personagens, mostrando bem suas personalidades. Outro fato que vemos como um laço entre ficção e realidade é o constante uso de gírias ao texto, que  acrescentou mais dinamismo, levando o leitor para dentro do texto e participando ativamente da história. Por muitas vezes me senti ao lado de Jem e Spider, não só lendo o desenrolar da história.

Numbers não é um desses livros água com açúcar, e sim, pura realidade. E não exite meio termo, ou você o ama, ou o odeia. Eu particularmente fiquei um pouco assustada no começo com tanto baixo astral na vida da Jem, e se eu tivesse sofrendo de depressão... ficaria muito mal com a realidade crua desse livro.

Sendo assim, o livro tá super recomendado para quem gosta do gênero ficção  baseado em realidade. O.õ ... Sinceramente fique surpresa, apesar das minhas expectativas não terem sido confirmadas no início.

Lendo o livro eu me lembrei de um clipe do Nickelback que vi a muitos anos atrás, e que achei a cara do livro... a única excessão é que no clipe são horas, e não data. Vale a pena dá uma conferida, para ter noção de como deve ser a vida da Jem.

 Espero que aproveitem bem a resenha e o clip! binhos a todos e até a próxima!